sexta-feira, 4 de junho de 2010

Testemunho sobre o Fórum...

Como o lindo dia que nasceu, de sol brilhante e um céu de azul profundo, o programa esteve recheado de ilustres e especiais oradores.

D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, fez a oração da manhã, com a qual foi iniciado o fórum, e deu a palavra de abertura.

A primeira conferência, com o tema “De Jerusalém… até aos confins da terra” – A missão da Igreja nos escritos do Novo Testamento, foi dado pelo D. António Couto (Bispo Auxiliar de Braga). Como muitos já contavam, ele não se limitou a ensinar, deu testemunho, viveu e emocionou os presentes.

Começou por nos falar da passagem de Lc. 8, 16 “Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso… mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entrem.” Ser missionário é transmitir o lume que sentimos no nosso coração ao próximo. Tal como o átomo se subdivide ao ser bombardeado por um neutrão assim deve ser o impacto da nossa vida, cheia de lume no nosso coração, quando em contacto com outra vida. Frisou a importância de, na missão, dar prioridade à ovelha perdia (Mt.10, 5-10).

Explicou o significado de “… nem sandálias” deveremos levar para a missão (Mt.10, 10) para que possamos sentir “o pó da terra”, as nossas fragilidades e lembrarmos de sermos humildes. Para lembrarmos que iremos sempre acompanhados por Deus. ELE irá sempre à nossa frente. “A ovelha perdida”é sagrada para Deus. “O Pastor deixará o seu rebanho para ir à procura da ovelha perdida”.

A última conferência da manhã, realizada após um momento de diálogo, foi da responsabilidade do, Bispo Emérito de Portalegre-Castelo Branco, D. Augusto César e teve por tema “Portugal: País de Missão?” – O desafio da evangelização e da missão da Igreja.

D. Augusto falou não só de sua experiência como missionário em África mas também nas suas “batalhas” pessoais ao regressar a Portugal, como um dos muitos retornados da época. “O mal de per si não tem futuro”, disse, “devemos procurar substanciar o bem em nossas vidas porque se não o fizermos haverá um desequilíbrio”. Apelou a que não tivéssemos medo de nos entregarmos ao serviço essencial. Alertou para a necessidade de bispos, padres e pais serem vistos pelos seus filhos a fazer Adoração ao Santíssimo. Focou a importância de seguir o exemplo de Jesus no acolhimento, não significando com isto que não se chame a atenção para as coisas que não estão correctas mas sim que se exerça o perdão, a misericórdia. Focar sempre o positivo. Ser missionário é levar a nossa luz no nosso dia a dia, manter o nosso mastro, o nosso lema sempre bem erguido mesmo que tudo à nossa volta pareça estar a desmoronar. Devemos manter sempre em mente que Deus é fiel e que ficará connosco até ao fim dos tempos. A nossa luz transmite-se nas nossas obras, acções, olhares, expressões, palavras e, por vezes, no nosso silêncio.

A conferência da tarde foi dada pelo, director da ANIMISSIO, Padre Luís Miranda. Este tratou o tema “Evangelizar é ensinar a rezar” por meio de uma parábola. Levou-nos numa viagem de comboio fascinante onde nos foram revelados alguns segredos muito profundos. Estas foram algumas das frases que me emocionaram:

- “O missionário vive o «Por ti; por Amor; para Sempre» de Cristo”.

- “A missão é configurar o nosso coração com o de Cristo.”

- “Para a missão só serve aquele que serve.”

- “Missionário é um samaritano de esperança…”

- “Um missionário é um insurrecto no amor.”

Gostava de ter o dom da escrita para vos poder transmitir de forma correcta e completa a sabedoria, a emoção, a experiência de vida, a vivência daqueles que nos falaram ao coração neste dia que antecedeu o Pentecostes. Bem hajam.

Testemunho da Ana Catarina Frada (Paróquia de Seixo de Mira)